terça-feira, 25 de junho de 2013

Transtorno Desintegrativo da Infância



O Transtorno Desintegrativo (TDI) ou Desintegrador da Infância (Síndrome de Heller), segundo o CID 10, é um Transtorno Global do Desenvolvimento caracterizado pela presença de um período de desenvolvimento completamente normal antes da ocorrência do transtorno, sendo que este período é seguido de uma perda manifesta dos habilidades anteriormente adquiridas em vários domínios do desenvolvimento no período de alguns meses. Estas manifestações se acompanham tipicamente de uma perda global do interesse com relação ao ambiente, condutas motoras estereotipadas, repetitivas e maneirismos e de uma alteração do tipo autístico da interação social e da comunicação. Em alguns casos, a ocorrência do transtorno pode ser relacionada com uma encefalopatia.  O diagnóstico, contudo, deve tomar por base as evidências de anomalias do comportamento.
É um quadro que implica uma perda de funções e capacidades previamente adquiridas pela criança, uma regressão das competências de linguagem, comunicação não-verbal, jogo, relações sociais e condutas adaptativas. A criança sorri intencionalmente, segura a cabeça, pega num objeto, senta-se sozinha, põe-se de pé, faz pinça fina (entre as "polpas" do polegar e do indicador), anda agarrado aos móveis, brinca ao "faz-de-conta", diz as primeiras palavras, anda sozinha, faz os primeiros rabiscos no papel, junta as primeiras palavras, etc, nas idades convencionais. Depois dos primeiros 2 anos de vida (mas sempre antes dos 10 anos), são notadas perdas significativas em competências psicomotoras adquiridas. O critério para o diagnóstico básico é que deve haver perdas pelo menos em duas destas cinco áreas:
a)a linguagem expressiva e receptiva – a criança deixa de nomear objetos, perde a capacidade de juntar as palavras, etc. Ou compreensiva – não compreende mais pequenas ordens, perde a capacidade de reconhecer objetos, etc;
b)competências sociais e adaptativas – pode não reconhecer pessoas familiares, perde o interesse de brincar com os pais ou com crianças, deixa de dizer adeus, mostra-se incapaz de utilizar a colher ou de beber pelo copo, perde a capacidade de tirar as meias e os sapatos, etc;
c) controle de esfíncteres vesicais e/ou anais – perde a capacidade de controlar as fezes e a urina;
d)jogo – perde o interesse em brincar de faz-de-conta, de bater palmas, mostra-se incapaz de utilizar os brinquedos de forma funcional e incontingente, etc;
e)destrezas motoras – deixa de correr ou de andar, perde a capacidade de utilizar o lápis no papel, mostra-se incapaz de fazer pinça fina, etc.
Algum tempo depois de instalada a regressão psicomotora, as crianças passam a apresentar alterações comportamentais muito semelhantes às encontradas no Autismo (é como se esta perturbação se tratasse de um Autismo de início tardio). Assim, evitam o contato ocular e podem resistir ou mostrar desagrado ao serem pegados ou tocados.
Os seres humanos, animais e objetos poderão ser tratados da mesma forma, havendo uma relativa incapacidade para a partilha de alegrias, interesses e prazeres com as pessoas, mesmo com os familiares. Mesmo em situações geradoras de stress, não procuram o necessário conforto, ajuda ou segurança junto de adultos e de outras crianças (como os pais, os avós ou os irmãos).
Tipicamente, as crianças com a perturbação desintegrativa isolam-se e demonstram incapacidade para estabelecerem uma relação social adequada com os seus pares. Demonstram graves problemas na compreensão da fala, dos gestos e da expressão facial dos seus interlocutores e emitem sons monótonos.
Um fenômeno muitas vezes descrito é o da persistência da ecolalia. Não há, geralmente, discurso espontâneo, com frequência há perturbações vocais, com tendência para vocalizações muito pontilhadas (escandidas ou tipo staccato). Estão referidos problemas da comunicação não-verbal, mantêm-se muito afastados ou muito próximos dos interlocutores, olham para os lábios em vez de olharem para os olhos de quem lhes fala e fecham os olhos, longamente, durante a comunicação com os outros.
A imitação é pobre e limitada. Fazem um uso muito escasso e pouco variado da mímica facial e dos gestos.
Frequentemente, estabelecem ligações bizarras a certos objetos ou à partes deles, como pedras, peças de brinquedos, etc. Poderão ficar fascinados por objetos que produzam sons (copos, campainhas, etc). Os objetos são, muitas vezes, selecionados por uma característica particular (pela sua cor, textura, forma) e são transportadas para toda a parte. Objetos redondos e suscetíveis de poderem rodar ou rolar, como moedas, discos e rodas, produzem uma enorme atração.
Frequentemente, há uma aderência inflexível a determinadas rotinas, geralmente não funcionais, e que assumem uma forma doentia. As estereotipias são muito freqüentes e característicos.
Podem ter o hábito de cheirar pessoas e objetos. A hiperatividade é um problema comum. Estão referidos, em muitos casos, perturbações do sono. Por vezes, auto-flagelam-se (batem a si próprios, parecendo insensíveis à dor). Oferece uma imagem de instabilidade emocional mais extrema e inexplicável e não se descarta que, diferentemente do que ocorre no Autismo, seja acompanhado de fenômenos semelhantes às alucinações e aos delírios da Esquizofrenia.
São comuns as complicações neurológicas, especialmente as epilepsias e grave a profundo retardo mental.
Um estudo de acompanhamento realizado por Mouridsen (1998), relata 39 casos pareados com controles autistas em um período de mais de 22 anos, que verificou que os indivíduos com Transtorno Desintegrativo da Infância possuíam um funcionamento global pior, estavam mais ausentes e tiveram uma grande incidência de epilepsias como comorbidade. Isso afirma a noção de que o desfecho no Transtorno Desintegrativo da Infância é pior do que nos transtornos do espectro autista em geral.

Critérios de diagnósticos:
A. Desenvolvimento aparentemente normal durante pelo menos os 2 primeiros anos de vida, manifestado pela presença de comunicação verbal e não-verbal, relacionamentos sociais, jogos e comportamento adaptativos próprio da idade.
B. Perda clinicamente importante de habilidades já adquiridas (antes dos 10 anos) em pelo menos duas das seguintes áreas:
  • linguagem expressiva ou receptiva
  • habilidades sociais ou comportamento adaptativo
  • controle esfíncteriano
  • jogos
  • habilidades motoras
C. Funcionamento anormal em pelo menos duas das seguintes áreas:
  • comprometimento qualitativo da interação social (p. ex., comprometimento de comportamentos não-verbais, fracasso em desenvolver relacionamentos com seus pares, falta de reciprocidade social ou emocional)
  • comprometimento qualitativo da comunicação (p. ex., atraso ou ausência de linguagem falada, fracasso em iniciar ou manter uma conversa, uso estereotipado e repetitivo da linguagem, ausência de jogos variados de faz-de-conta)
  • padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento, interesses e atividades, incluindo estereotipias motoras e maneirismos
D. A perturbação não é melhor explicada por outro Transtorno global do desenvolvimento específico ou por Esquizofrenia.

Disponível em : 
http://diariomaedeumautista.blogspot.com.br/2012/08/transtorno-desintegrativo-da-infancia.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Transtorno_desintegrativo_da_inf%C3%A2ncia


quinta-feira, 13 de junho de 2013

TECNOLOGIA ASSISTIVA




Conceito e Objetivo

Tecnologia Assistiva – TA é um termo ainda novo, utilizado para identificar todo o arsenal de recursos e serviços que contribuem para proporcionar ou ampliar habilidades funcionais de pessoas com deficiência e conseqüentemente promover vida independente e inclusão.
Num sentido amplo percebemos que a evolução tecnológica caminha na direção de tornar a vida mais fácil.
Sem nós apercebermos utilizamos constantemente ferramentas que foram especialmente desenvolvidas para favorecer e simplificar as atividades do cotidiano, como os talheres, canetas, computadores, controle remoto, automóveis, telefones celulares, relógio, enfim, uma interminável lista de recursos, que já estão assimilados à nossa rotina e, num senso geral, “são instrumentos que facilitam nosso desempenho em funções pretendidas”.

Introduzirmos o conceito da TA com a seguinte citação: “Para as pessoas sem deficiência, a tecnologia torna as coisas mais fáceis. Para as pessoas com deficiência, a tecnologia torna as coisas possíveis.”
(RADABAUGH, 1993

Os autores Cook e Hussey definem a TA citando o conceito do ADA – American with Disabilities Act, como “uma ampla gama de equipamentos, serviços, estratégias e práticas concebidas e aplicadas para minorar os problemas funcionais encontrados pelos indivíduos com deficiências”.
(COOK & HUSSEY, 1995) A TA deve ser então entendida como um auxílio que promoverá a ampliação de uma habilidade funcional deficitária ou possibilitará a realização da função desejada e que se encontra impedida por circunstância de deficiência ou pelo envelhecimento.
Podemos então dizer que o objetivo maior da TA é proporcionar à pessoa com deficiência maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação, mobilidade, controle de seu ambiente, habilidades de seu aprendizado e trabalho.




   
ACIONADORES


  

MOUSE COM ENTRADA PARA ACIONADORES.


   

TECLADO COLMÉIA


Teclado AdaptadoTeclado Adaptado: Possui 7 (sete) lâminas que são adaptadas ao teclado tradicional. Além de substituem funções de uso do mouse para pessoas com dificuldades motoras, essas lâminas podem auxiliar: no processo de alfabetização, na navegação na internet e no acesso a funções que exigem que se pressione duas teclas simultâneamente. O uso das lâminas poderá ser ajustado de acordo com a necessidade do usuário.


Switch Mouse

Switch Mouse: É um dispositivo que substitui a ação do mouse convencional através de 7 (sete) acionadores de toque simples, permitindo os movimentos direcionais do cursor, clique simples ou duplo e clique direito do mouse. Cada acionador é uma caixa independente podendo ser disposta conforme a habilidade/necessidade do usuário. Apresenta chave liga/desliga para a função arrastar.


TESOURA ADAPATADA











 ARANHA MOLA  



 

LUPA ELETRÔNICA

    
 PROGRAMA COMPUTADOR

ESCOLAS DE UNAÍ-MG SÃO CONTEMPLADAS COM O RECURSO PDDE ESCOLA ACESSÍVEL




PROGRAMA ESCOLA ACESSÍVEL


   O Ministério da Educação/MEC por meio da Secretaria de Educação Especial/SEESP (hoje SECADI) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação/ FNDE, implementa o Programa Escola Acessível, que objetiva a promoção da acessibilidade e apoio à inclusão escolar dos alunos público - alvo da educação especial em classes comuns do ensino regular.

OBJETIVO: Promover condições de acessibilidade ao ambiente físico, aos recursos didáticos e pedagógicos e à comunicação e informação nas escolas públicas de ensino regular.

AÇÕES:
 O Programa disponibiliza recursos, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE, às escolas contempladas pelo Programa Implantação de Salas de Recursos Multifuncionais. No âmbito deste programa são financiáveis as seguintes ações:
·                     Adequação arquitetônica: rampas, sanitários, vias de acesso, instalação de corrimão e de sinalização visual, tátil e sonora;
·                     Aquisição de cadeiras de rodas, recursos de tecnologia assistiva, bebedouros e mobiliários acessíveis;

Como acessar: As escolas contempladas, conforme relação anual publicada em Resolução FNDE/PDDE – Escola Acessível, efetivam cadastro no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do Ministério da Educação - SIMEC, onde inserem o plano de atendimento contendo o planejamento de utilização dos recursos.

LISTA DAS ESCOLAS DE UNAÍ COMTEPLADAS PELO ESCOLA ACESSÍVEL 2012\20

         

ESCOLAS DE UNAÍ COMTEMPLADAS PELO PDDE-ESCOLA ACESSÍVEL EM 2012
31296171
MG
UNAI
C MUN EDUC INF BOM JESUS
31332763
MG
UNAI
CENTRO DE EDUCACAO INFANTIL URSINHOS CARINHOSOS
31114235
MG
UNAI
EM TEREZINHA REZENDE
31262803
MG
UNAI
PEM PEQUENO POLEGAR
31262820
MG
UNAI
PEM PINOQUIO



RELAÇÃO DAS ESCOLAS QUE SERÃO CONTEMPLADAS COM OS RECURSOS DO PDDE ACESSIBILIDADE 2013
MG
UNAI
31114367
EM STO ANTONIO
MG
UNAI
31112909
EM ADELIA RODRIGUES MARQUES
MG
UNAI
31224006
EM DR ISRAEL PINHEIRO


Queridos gestores, os recursos são para realizar a acessibilidade das escolas e aquisição de materiais de alta tecnologia! NÃO SE ESQUEÇAM DESTE GRANDE DETALHE !!!!! Tem que fazer o Plano de Atendimento planejando todas as ações.

SÃO EXEMPLOS DE MATERIAIS DE ALTA TECNOLOGIA ASSISTIVA PARA AQUISIÇÃO COM ESTES RECURSOS:

     Acionadores especiais, mouses adaptados, teclados especiais, além de hardwares especiais como impressoras Braille, monitores com telas sensíveis ao toque, caneta falante, vocalizadores de todos os tipos, teclado, sofware, vocalizador, barra do banheiro, mesa adaptada; cadeiras: de roda, cadeira de assento, de plano inclinado, programa de boardmaker, etc.
Segundo Fabiana Soares coordenadora Geral da Política de Acessibilidade na Escola a  “A expressão aquisição de materiais e bens” está relacionada à “construção e adequação de rampas, alargamento de portas e passagens, instalação de corrimão, construção e adequação de sanitários para acessibilidade e colocação de sinalização visual, tátil e sonora”.

Portanto, os itens como jogos, materiais didáticos, painéis e afins não serão financiados pelo programa.

Outras informações podem obtidas junto ao MEC.

Fabiana Soares
Programa Escola Acessível
Coordenação Geral da Política de Acessibilidade na Escola - CGPAE
Diretoria de Políticas de Educação Especial - DPEE
Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - SECADI
Ministério da Educação - MEC
(61) 2022-7673

Ou pelo e-mail (escola.acessivel@mec.gov.br)