quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Atividade com Músicas para Autistas


As pessoas com autismo têm dificuldades na imaginação e na percepção do mundo, mas não quer dizer que não entendam o que se passa ao seu redor e que não tenha essa capacidade. Nosso trabalho enquanto pais e profissionais é estimulá-los. O importante é que tenhamos uma coleção de histórias e músicas. A sugestão é que comecemos com aquelas de personagens que eles gostem e que exija uma ação por parte da criança. Estamos disponibilizando a atividade da música “Eu tirei o dó da minha viola” para ser trabalhadas com pessoas com autismo e outras deficiências.


Esta sugestão de atividade foi dada por uma mãe que nos explicou que todas as terapeutas e professoras aplicam com sua filha.
Esta atividade é ótima para ser aplicada com os alunos na escola de ensino regular, centros de atendimento Educacional Especializado em salas de recursos multifuncionais, salas de terapias e outros.

PASSO-A-PASSO DA ATIVIDADE


A atividade é composta em folhas soltas, na seqüência da música, onde em cada folha tem a imagem com a letra da música referente à imagem. A cada seqüência da música vamos mostrando a folha por vez. Esta música, “Eu tirei o dó da minha viola”, exige uma identificação de objetos e ações por parte da criança, como o gesto de dormir, rezar, comer mingau, falar, sorrir, laranja é muito bom, silêncio e é bom camarada. Pois desta forma a criança será estimulada a fazer o gesto proposto e entenderá que a música tem uma seqüência.
Essas músicas podem ficar dispostas numa pasta sanfonada e fora da pasta ficar as fotos identificando cada música que contém na pasta. Com o tempo a criança pode escolher qual música quer cantar e ouvir.


Sugestão: Você pode trabalhar com as imagens no computador ou ipad, usando a mesma idéia, a cada imagem você vai cantando e estimulando para ele fazer os gestos.
Obs: Este material deve ser plastificado para garantir uma maior durabilidade. A música está disponibilizada em imagens, em sua maioria, em preto e branco, pois o custo da impressão será menor e você poderá desenvolver atividades de pintura com a criança. Estas imagens foram montadas por nós, em formato de imagens para colorir, portanto imprima e comece a aplicar com seu filho/aluno/paciente.

Não autorizamos blogs, sites e outros meios de divulgação a reproduzirem esta postagem. Nossas postagens estão disponibilizadas a profissionais, pais e a todos de forma gratuita e sem propagandas para serem aplicadas diretamente com autistas e outras deficiências.

Por Joaquim Melo e Ana Maria Nascimento































sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Livros digitais com sons

Escolha um livro diferente todas as noites para ler com o seu filho…
Consulte a Biblioteca Digital
  • Pode apenas ler… (só tem de passar as páginas uma a uma nas setas)
  • Pode ler e ouvir a história ao mesmo tempo que aparecem as legendas (só tem de carregar no quadradinho “Ler Giro” em cada pagina)
  • Pode ver as imagens enquanto ouve a história contada (é só clicar em “ouve a história contada” numa das ultimas paginas de cada história)
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Revista Inclusão


Coleção “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar”


Esta coleção, produzida pelo Ministério da Educação, tem a finalidade de contribuir para a formação dos professores do Atendimento Educacional Especializado – AEE, bem como dar subsídios para o debate a respeito da escola inclusiva.
Você pode fazer o download de cada fascículo:

Coleção: formação em Atendimento Educacional Especializado



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Acessibilidade para deficiência visual e auditiva

Acessibilidade

Alguns softwares foram desenvolvidos para atender a alguns tipos de deficiência, mais especificamente a visual e a auditiva.

Mecdaisy

Mecdaisy é uma inovação tecnológica que permite a produção de livros em formato digital acessível, possibilitando a geração de livros digitais falados e sua reprodução em áudio, gravada ou sintetizada. Esse padrão apresenta facilidade de navegação pelo texto, permitindo a reprodução sincronizada de trechos selecionados, o recuo e o avanço de parágrafos e a busca de seções ou capítulos. Possibilita, também, a anexação de anotações aos arquivos do livro, exportação do texto para impressão em braille, bem como a leitura em caractere ampliado. Todo texto é indexado, facilitando, assim, a manipulação através de índices ou buscas rápidas.

Monet / Braille Fácil

Monet é um software desenvolvido para se desenhar gráficos em uma impressora braille. Pode ser utilizado sozinho ou em conjunto com o software Braille Fácil,  o qual permite a criação de uma impressão braille rápida e fácil.
O programa é composto de
  • editor de textos integrador;
  • editor gráfico para gráficos táteis;
  • pré-visualizador da impressão Braille;
  • impressor Braille automatizado;
  • simulador de teclado Braille;
  • utilitários para retoque em Braille;
  • utilitários para facilitar a digitação.

Dirce – Tocador Daisy 2 e 3

Dirce é mais um programa livre e serve para gravar áudios. O tocador DIRCE lê e toca áudios-livros e é também desenvolvido para reproduzi-los e permitir sua navegação entre páginas, capítulos, parágrafos e frases.

Correio Braille

Pioneiro no Brasil, o correio braille facilita o contato entre pessoas cegas ou deficientes visuais e aquelas que não possuem esse tipo de limitação, mas que desejam manter uma correspondência ativa com essas pessoas.  Através desse recurso é possível que qualquer pessoa possa enviar uma carta em braille para qualquer lugar do Brasil.

Dicionário de Libras

Dicionário de Libras possui essa versão online e também a versão distribuida em CD-ROM. A versão em CD já possui mais de 115 mil cópias e pode ser solicitada ao INES.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ENSINO ESTRUTURADO (TEACCH)

ENSINO ESTRUTURADO

É sugerido como forma de incluir crianças com PEA em escolas regulares a criação de Salas de Recursos TEACCH. Este programa de intervenção pedagógico é explicado de seguida.

Modelo TEACCH

Este modelo é utilizado como estratégia pelo Modelo D.I.R.
Em 1966, foi criado, na Universidade da Carolina do Norte pelo professor Eric Schopler e a sua equipa, o Modelo TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Deficiências relacionadas à Comunicação). Este modelo surgiu com o propósito de promover respostas eficazes de aprendizagem de crianças com autismo, apelando assim, a uma intervenção especifica, caracterizada por uma adequação do ambiente, no sentido de reduzir a ansiedade e, deste modo, potencializar aprendizagens.
É um modelo que dá ênfase à importância da colaboração entre os pais e os técnicos, sendo as equipas constituidas por:
-Família dos alunos;
-Órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas ou escolas;
-Os docentes de educação especial do agrupamento;
-Os docentes do grupo, turma ou disciplina do aluno;
-Terapeutas e psicólogos pertencentes ao agrupamento ou a outro serviço;
-Serviços da comunidade que se considerem necessários para responder às necessidades individuais dos alunos.
O modelo TEACCH é um modelo acente nos pressupostos de estruturação e adequação do ambiente, com o objectivo de diminuir comportamentos disruptivos e, assim, potencializar a aprendizagem.
A estruturação é encarada como a chave do sucesso deste modelo. Crianças com P.E.A apresentam problemas como dificuldades seleccionar a atenção. Esta dificuldade surge em crianças autistas como consequência de uma grande dificuldade em compreender qual a informação mais relevante no contexto que as rodeia e, daí, o fracasso em captar a sua atenção. Para além disso os autistas, tem muito dificuldade em estabelecer uma estrutura interna que lhes permita evidenciar comportamentos adequados e de acordo com o contexto onde se encontram. São crianças que, como não conseguem, por si, organizar-se, precisam de ajuda para o fazer e, por esta razão surge a importância de um ambiente bem organizado e estruturado que lhes permita funcionar de um modo mais equilibrado. Apresentam também, uma grande dificuldade em seguir regras e em fazer generalizações. Assim, dever-se-á proceder a uma organização do espaço que contemple actividades adequadas e rotinas rígidas. Tal permitirá uma previsibilidade do meio e, consequentemente, uma diminuição dos problemas comportamentais.
Uma sala de Modelo TEACCH está organizada de modo a aumentar o trabalho independente da criança e ao mesmo tempo, fornecer padrões de referência que serão garantidos pela estruturação da sala de aula. Para esta estruturação são utilizadas fundamentalmente estruturas visuais (As crianças com autismo parecem apresentar boas capacidades de processamento visual) visto ser realizado muito recurso à imagem e aos estímulos visuais.
O modelo TEACCH não é uma abordagem única é um programa que tenta responder às necessidades do autista usando as melhores abordagens e métodos disponíveis. Os serviços oferecem desde o diagnóstico e aconselhamento precoce de pais e profissionais até Centros Comunitários para adultos com todas as Etapas Intermediárias: Avaliação Psicológica, Salas de Aulas e Programas para Professores.

“A criação de situações de aprendizagem estruturada minimiza as dificuldades de organização e sequenciação, proporcionando segurança, confiança e ajuda a criança/ jovem com PEA a capitalizar as suas forças.”

Uma sala de Recursos TEACCH deve-se encontrar no interior de uma escola de ensino regular promovendo assim, a integração destas crianças.Posto isto, as crianças com PEA encontram-se incluídas em turmas do ensino regular, contudo, por alguns períodos de tempo frequentam a sala de recursos TEACCH, voltando posteriormente para a sua turma base. Ao frequentarem esta sala estes alunos poderão assim desfrutar deste recurso pedagógico criado pela escola para eles.Uma sala TEACCH não deve possuir um número superior a seis crianças.

Aplicação do Modelo TEACCH
Numa primeira etapa é elaborada uma avaliação da criança a partir do Perfil Psico Educacional Revisto (PEP-R criado por Eric Schopler). Este fornece, informação sobre o nível de funcionamento em cada área de desenvolvimento, quais as suas capacidades emergentes (nem sempre evidentes, surgindo apenas se estimuladas) e ainda a existência ou ausência de comportamento patológico. Baseado nesta avaliação e em dados retirados do dia a dia da criança, no contexto escolar e familiar, é depois realizado um Programa Educativo com objectivos estabelecidos para ela executar através de uma planificação de intervenções individualizadas.
As crianças autistas parecem apresentar boas capacidades visuais e más capacidades auditivas. Assim, as estratégias criadas a nível dos défices sensoriais passarão pela criação de um grande suporte visual e promoção de um ensino individualizado, diminuindo a quantidade de estímulos distractores.
Assim, as principais vantagens dos professores ao utilizar este método serão conseguir estabelecer objectivos, planear tarefas apropriadas para a criança, avaliar as competências adquiridas, podendo desta forma, estruturar e objectivar a intervenção educativa.
Segundo Schopler existem quatro componentes principais do ensino estruturado:

Estruturação Física
Este primeiro componente refere-se à disposição física da sala, às áreas de trabalho e a necessidades individuais de cada criança que levam à adaptação de estratégias fisicas, por exemplo, marcar no chão o local da cadeira frente à secretária.
Uma sala TEACCH é habitualmente constituida por seis áreas de trabalho:

1.Aprender Nesta área dá-se ênfase ao ensino individualizado, onde o aluno se encontra de frente para o professor e de costas para situações de distracção, facilitando assim, a interacção e a focalização do olhar. Tem como principais objectivos o desenvolvimento de novas aprendizagens, da atenção e da concentração.






2.Trabalhar
 

É uma área de trabalho individual e autónomo, que permite uma focalização da atenção nos aspectos importantes das diversas tarefas, ao diminuir os estímulos exteriores. Apresenta uma planificação de tarefas, que se encontram organizadas em caixas individuais, o que permite que à criança saber quais as actividades a realizar e a sua correcta sequência




3.Brincar

Local onde a criança deve brincar ou ainda aprender a brincar. Tem por objectivo proporcionar à criança o seleccionar de brincadeiras e desta interagir com outras crianças. É assim uma área de relaxamento e lazer que permitirá às crianças realizar um planeamento e uma imitação das actividades da vida diária. É um local que se encontra apetrechado de material, como brinquedos, espelhos, música, almofadas, etc.




4.Computador

Zona onde a criança terá acesso a computadores. Tal estimulará as competências de atenção e de concentração.









5.Trabalhos de Grupo
 
Esta área tem como objectivo estimular a interacção social, tendo como ponto de partida a estimulação do trabalho e da partilha em grupo o que poderá conduzir a uma maior diversificação de actividades.









6.Reunião 
É a zona onde ocorre a exploração dos objectos, das imagens, dos sons. Tem por objectivo, promover o desenvolvimento de competências ao nível das noções espacio- temporais, autonomia e compreensão de ordens verbais.








7.Área Transitória
 
Local onde se encontram os horários individuais de cada aluno. É a esta área que se devem dirigir quando terminarem uma actividade para consultarem qual será a próxima tarefa a realizar.







"Não esquecer que:quanto mais estruturado e organizado for o ambiente de um aluno com autismo, maior a previsibilidade … quanto maior a previsibilidade, menor a ansiedade, maior a motivação, maior o sucesso."
Informação VisualSegundo componente refere-se à informação visual da própria sala e à informação visual do próprio aluno.
Relativamente à sala devem estar bem identificadas as áreas de trabalho para que a criança consiga perceber qual o local onde vai realizar as actividades.
Para o aluno devem ser delineados horarios visuais e claros para auxiliarem a criança. Estes horários têm por objectivos minimizar os problemas de atenção e de memória destas crianças, diminuir problemas de noção do tempo e de organização, evitam a linguagem receptiva e assim promovem uma maior participação das crianças nas actividades.
Estes horários devem ser construidos com imagens, palavras e objectos de forma a mostrar que actividades o aluno deve realizar e qual a sua sequência, possibilitando uma maior independência e autonomia, diminuindo situações de desorganização interior e crises de angústia.
Plano de Trabalho 
Plano onde estão delineadas as tarefas a realizar em cada área de trabalho. É composto por imagens, palavras e objectos e permite ao aluno saber quais as tarefas a realizar, a ordem e o número de tarefas e ter a noção do tempo que possui para a terminar.
Tem como principais objectivos auxiliar a criança a entender o que é esperado dela, a organizar-se e a realizar as tarefas propostas.



Pistas Facilitadoras do Desempenho 
São pistas que têm como função ensinar as crianças autistas a olharem e perceberem instruções. Podem ajudar as crianças a perceberem de que forma poderão utilizar determinados objectos, por exemplo. Devem de estar adaptadas ao nível desenvolvimental da criança e adquadas aos objectivos estabelecidos para a mesma. Constituem ferramentas de extrema importância para o ensino destas crianças.

Para além de tudo isto os professores devem ter em conta que cada programa educativo depende da idade, das capacidades e das necessidades de cada criança e que as aprendizagens devem ser feitas por etapas, nunca introduzindo uma nova actividade sem que a anterior tenha sido terminada. Um ponto também muito importante a considerar é introduzir em actividades da vida diária tarefas, também estas por etapas e com uma sequencia apropriada ás caracteristicas individuais de cada criança. 
Quando as crianças adquirirem maior autonomia, poderão obter mais referências temporais utilizando um plano do dia ou de um sumário elaborado no quadro da sala que serve e beneficia toda a turma.
Para elas também já não é necessária uma área de trabalho autónomo, conseguem estar na sala num lugar como os outros colegas sendo apenas praticadas algumas alterações/modificações no espaço físico ou em desempenhos do professor.
Quando as crianças com perturbações do espectro autista apresentam comportamentos disruptivos, como por exemplo, os comportamentos estereotipados, estes devem ser, até certo, ponto permitidos. Porém se a criança não consegue perceber qual o limite, poder-se-à através de tabelas de registo, fornecer à criança informação visual relativamente aos comportamentos adequados que deve seguir. Estas tabelas de registo constituem o uso do modelo TEACCH de uma forma pontual em que não é necessária sala de recursos TEACCH.


Conclusão:Para um professor o que se torna crucial realçar é que independentemente da sua etiologia o Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que irá afectar todo o processo de aquisição de experiências. Assim, crianças com PEA. manifestam diferenças no modo como aprendem. Tudo aquilo que as outras crianças aprendem espontaneamente tem de lhes ser ensinado e explicado utilizando procedimentos de intervenção que reconheçam e procurem compensar essas dificuldades muito específicas. Desta forma, e de acordo com cada criança, deve ser elaborado um programa interventivo baseado numa estrutura externa que lhes proporcione pistas orientadoras do processo de aprendizagem. Esta deverá funcionar como uma estratégia que compense a sua dificuldade para aprender de forma espontânea e auto-orientada.
Apesar de esta sala ser um espaço para trabalhar com as crianças com P.E.A. está sempre aberta a qualquer aluno da escola que nela queira estar, seja para brincar, para ser ouvido, ou apenas para esperar que o seu professor chegue. A pouco e pouco ela é hoje um espaço de todos no qual se pratica a inclusão inversa.
É necessário também ter em conta que apesar de este modelo ter sido apenas abordado no âmbito escolar pode também ser utilizado pelos pais em casa.

Disponivel em: http://conheceroautismo.blogspot.com.br/2009/01/ensino-estruturado.html

domingo, 25 de agosto de 2013

Comunicação alternativa


A área da tecnologia assistiva que se destina especificamente à ampliação de habilidades de comunicação é denominada de Comunicação Alternativa (CA). A comunicação alternativa destina-se a pessoas sem fala ou sem escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade de falar e/ou escrever.
A CA pode acontecer sem auxílios externos e, neste caso, ela valoriza a expressão do sujeito, a partir de outros canais de comunicação diferentes da fala: gestos, sons, expressões faciais e corporais podem ser utilizados e identificados socialmente para manifestar desejos, necessidades, opiniões, posicionamentos, tais como: sim, não, olá, tchau, dinheiro, banheiro, estou bem, sinto dor, quero (determinada coisa para a qual estou apontando), estou com fome e outros conteúdos de comunicação necessários no cotidiano.
Com o objetivo de ampliar ainda mais o repertório comunicativo que envolve habilidades de expressão e compreensão, são organizados e construídos auxílios externos como cartões de comunicação, pranchas de comunicação, pranchas alfabéticas e de palavras, vocalizadores ou o próprio computador que, por meio de software específico, pode tornar-se uma ferramenta poderosa de voz e comunicação. Os recursos de comunicação de cada pessoa são construídos de forma totalmente personalizada e levam em consideração várias características que atendem às necessidades deste usuário.
O termo Comunicação Aumentativa e Alternativa foi traduzido do inglês Augmentative and Alternative Communication - AAC. Além do termo resumido "Comunicação Alternativa", no Brasil encontramos também as terminologias "Comunicação Ampliada e Alternativa - CAA" e 
"Comunicação Suplementar e Alternativa - CSA".

Cartões de comunicação

Descrição de imagem: A imagem apresenta vários cartões de comunicação com símbolos gráficos representativos de mensagens. Os cartões estão organizados por categorias de símbolos e cada categoria se distingue por apresentar uma cor de moldura diferente: cor de rosa são os cumprimentos e demais expressões sociais, (visualiza-se o símbolo "tchau"); amarelo são os sujeitos, (visualiza-se o símbolo "mãe"); verde são os verbos (visualiza-se o símbolo "desenhar") ; laranja são os substantivos (visualiza-se o símbolo "perna"), azuis são os adjetivos (visualiza-se o símbolo "gostoso") e branco são símbolos diversos que não se enquadram nas categorias anteriormente citadas (visualiza-se o símbolo "fora").

Prancha de
comunicação
com símbolos, fotos ou figuras
Descrição de imagem:Uma pasta do tipo arquivo, contendo várias páginas de sacos plásticos transparentes está sobre o colo de um usuário de CA. Cada página representa uma prancha de comunicação temática e na imagem visualiza-se a prancha com o tema "animais".

Prancha de
comunicação alfabética
Descrição de imagem:Sobre uma mesa está uma pasta de comunicação e nela, há uma prancha que contém as letras do alfabeto e os números. O usuário está apontando o dedo indicador na letra "X". 

Para a confecção de recursos de comunicação alternativa como cartões de comunicação e pranchas de comunicação são utilizados os sistemas de símbolos gráficos, que são uma coleção de imagens gráficas que apresentam características comuns entre si e foram criados para responder a diferentes exigências ou necessidades dos usuários.
Existem diferentes sistemas simbólicos, sendo os mais importantes: PCS, Blissymbols, Rebus, PIC e Picsyms.


Um dos sistemas simbólicos mais utilizados em todo o mundo é o PCS - Picture Communication Symbols, criado em 1980 pela fonoaudióloga estadunidense Roxanna Mayer Johnson. No Brasil ele foi traduzido como PCS - Símbolos de Comunicação Pictórica. O PCS possui como características: desenhos simples e claros, de fácil reconhecimento e adequados para usuários de qualquer idade, facilmente combináveis com outras figuras e fotos para a criação de recursos de comunicação individualizados, extremamente úteis para criação de atividades educacionais. O sistema de símbolos PCS está disponível no Brasil por meio do software Boardmaker.

Prancha com símbolos PCSDescrição de imagem:Visualiza-se uma prancha de comunicação com dezoito símbolos gráficos PCS cujas mensagens servirão para escolher alimentos e bebidas. Os símbolos PCS estão organizados por cores nas categorias social (oi, podes ajudar?, obrigada); pessoas (eu, você, nós); verbos (quero, comer, beber); substantivos (bolo, sorvete, fruta, leite, suco de maçã e suco de laranja) e adjetivos (quente, frio e gostoso).


Board significa "prancha" e maker significa "produtor". O Boardmaker é um programa de computador que foi desenvolvido especificamente para criação de pranchas de comunicação alternativa. Ele possui em si a biblioteca de símbolos PCS e várias ferramentas que permitem a construção de recursos de comunicação personalizados.
Com o software Boardmaker são confeccionados recursos de comunicação ou materiais educacionais que utilizam os símbolos gráficos e que serão posteriormente impressos e disponibilizados aos alunos.
O Boardmaker poderá ser associado a outro programa chamado de Speaking Dynamically Proque significa "falar dinamicamente". Estes dois softwares em conjunto se tornam uma importante ferramenta para construção pranchas de comunicação onde, a partir da seleção de um símbolo, acontece a emissão de voz pré-gravada ou sintetizada representativa da mensagem escolhida. Para comunicar-se com voz o usuário utilizará seu computador ou um vocalizador portátil.
O Speaking Dynamically Pro possui um série de ferramentas de programação fáceis de usar e que permitem a criação personalizada de atividades educacionais, recreativas e de comunicação.
Outra importante característica deste software é a acessibilidade. Um exemplo disso é que a seleção de teclas de mensagens ou de teclas para escrita poderá acontecer por meio de varredura e acionadores.
O Software Boardmaker + SDP é comercializado no Brasil pela Clik Tecnologia Assistiva, através do site www.clik.com.br


É um recurso eletrônico de gravação/reprodução que ajuda a comunicação das pessoas em seu dia-a-dia. Através dele, seu usuário expressa pensamentos, sentimentos e desejos pressionando uma mensagem adequada que está pré-gravada no aparelho. As mensagens são acessadas por teclas sobre as quais são colocadas imagens (fotos, símbolos, figuras) ou palavras, que correspondem ao conteúdo sonoro gravado.
A maioria dos vocalizadores grava as mensagens digitalmente e a capacidade de gravação varia de um aparelho a outro. Encontra-se vocalizadores de apenas uma mensagem enquanto outros podem gravar centenas delas. Outra variável intrínseca a este equipamento é o tempo total de gravação normalmente distribuído entre as teclas de mensagem oferecidas no equipamento.
Em qualquer vocalizador o conteúdo gravado em cada célula é reconhecido através de figuras ou textos aplicados em pranchas de comunicação que ficam sobre as teclas. Quando a tecla de cada figura ou texto é pressionada, sua mensagem pré-gravada é imediatamente reproduzida e com volume ajustável.

VocalizadorVocalizador GoTalk20+Descrição de imagem: Vocalizador retangular com vinte e cinco áreas de mensagens visíveis, onde estão símbolos gráficos. Cada área de mensagem ao ser pressionada emitirá uma mensagem de voz gravada anteriormente. Apresenta alça de transporte e botões de volume e troca de níveis.


São recursos que promovem acessibilidade tanto no uso do computador quanto em outras atividades não informáticas. A função única do acionador é gerar um clique que o computador interpretará como um comando de seu usuário. É a forma mais simples de se interagir com um computador, daí a sua importância como interface para a comunicação alternativa.
Do ponto de vista elétrico, um acionador é uma chave de contato momentâneo normalmente aberto (NA), como um botão de campainha. Existem acionadores de diversas formas, pois sua maior característica é o design apropriado para diferentes utilizações. Quanto ao plugue de conexão, todos acionadores são padronizados internacionalmente com o miniplugue tipo P2.
Acionadores



 




Descrição de imagem: Três modelos de acionadores, sendo os dois primeiros de pressão ao toque e o terceiro chamado de tração, pois funciona com o puxar de um cadarço que gera o clique

Sim. Os recursos de comunicação são confeccionados de forma personalizada. Desta forma, deveremos utilizar imagens que fazem sentido para o usuário e, em se tratando de recursos de comunicação no ambiente escolar, que correspondam às atividades e conteúdos propostos no currículo e atividades educacionais. Além dos símbolos PCS que já se encontram no Boardmaker será possível importar imagens capturadas na internet, em CDs específicos, fotografias digitais ou fotografias escaneadas de catálogos, livros de histórias ou didáticos. Todas as imagens encontradas e utilizadas na produção de materiais educacionais e/ou de comunicação podem ser categorizadas e arquivadas dentro do programa Boardmaker para que possam ser facilmente localizados em outras aplicações. Fazendo isto o professor do AEE complementará e qualificará sua biblioteca de imagens.


Como já mencionado, o Boardmaker permite a construção de materiais que serão impressos e utilizados pelos usuários da CA.
Conhecendo os desafios educacionais que os alunos enfrentam no cotidiano escolar e utilizando-se de muita criatividade, o professor especializado poderá criar os recursos de comunicação e acessibilidade necessários aos seus alunos por meio das várias ferramentas de seu Boardmaker. Abaixo vamos descrever e ilustrar algumas ideias de aplicação deste software.
Atividades educacionais acessíveis: Com o Boardmaker você pode criar várias atividades educacionais para garantir acessibilidade e participação de alunos que utilizam a CA em sala de aula. Lembre-se da importância da interlocução entre o professor do Atendimento Educacional Especializado, que construirá os recursos de acessibilidade, e o professor da sala de aula comum. Sem conhecer o plano de ensino do professor da sala comum, com seus objetivos e atividades previstas, será impossível propor, construir e disponibilizar os recursos de acessibilidade para o aluno.
O professor especializado deverá também ensinar as estratégias de utilização destes recursos para o aluno, seu professor, para os colegas, comunidade escolar e família. Desta forma ajudará a todos a entender e a utilizar estas ferramentas de acessibilidade.

Vejamos alguns exemplos de atividades personalizadas com o Boardmaker:
Atividades escolares: 




 Descrição das imagens: Três atividades foram construídas para que o usuário da CA possa responder questões apontando os símbolos gráficos PCS. A primeira pede para apontar os animais; a segunda para apontar os vegetais e a terceira para apontar os minerais. 
Abaixo de cada questão visualiza-se uma série de símbolos gráficos com imagens representativas dos três reinos da natureza.




Descrição de imagem:Uma atividade de matemática com o tema sobre "igual" e "diferente" foi construída com o Boardmaker.
Utilizando a "escrita com símbolos" está a pergunta: Qual é o igual? Visualiza-se então o símbolo de uma boneca. Abaixo estão três opções de símbolos: "carro", "boneca" e "sorvete". O aluno deverá apontar a resposta correta.
Logo abaixo está a outra pergunta sobre "qual é o diferente?" e visualiza-se o símbolo da "borboleta". Abaixo duas opções de resposta: "vaca" e "borboleta".

Textos com símbolos: 
Textos com símbolos são muito interessantes para favorecer e ampliar a aquisição de repertório de símbolos gráficos (usuários de CA), favorecer a relação símbolo e signos e auxiliar na alfabetização de alunos com deficiência intelectual, auxiliar no aprendizado do português escrito para alunos surdos. No Boardmaker a escrita com símbolos é feita com a ferramenta "Simbolar". 


 Descrição de imagem:Um boneco indica o ícone da ferramenta "Simbolar", conforme ela é representada na área de trabalho do Boardmaker. 

Descrição de imagem: O primeiro verso da poesia "Leilão de Jardim", de Cecília Meireles, foi digitada com o recurso "Simbolar" do Boardmaker. Desta forma, cada palavra aparece com a representação simbólica do PCS, acima do texto escrito.
O verso diz: Quem me compra um jardim com flores? Borboletas de várias cores, lavadeiras e passarinhos, ovos verdes e azuis nos ninhos?


Culinária com o Boardmaker: 
Fichas de receitas ou receitas completas podem ser descritas com a sequência de símbolos gráficos associados com a escrita. Para confecção destes recursos a ferramenta Simbolar será muito útil.
Descrição de imagem:Um boneco aponta para uma ficha de culinária onde está descrita, com texto e símbolos, a receita de salsicha com molho.


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Descrição de imagem:Em sete frases, escritas com texto e símbolos, está uma sequência de atividades que deverão ser feitas para a preparação de um sanduiche de geleia com queijo.

Livros com símbolos

 Descrição de imagem:Visualiza-se a página de um livro. A frase escrita foi também representada por símbolos PCS: "Bateu Portas e janelas com força".


Descrição de imagem:Visualiza-se a página de um livro construído pelos alunos. Há a ilustração de um pato. Sobre a ilustração estão colados, em sequencia, de cartões de comunicação alternativa com símbolo e texto: "Lá vem o pato, pato aqui, pato acolá. Lá vem o pato para ver o que é que há"?



Livros de atividades
As atividades previstas no currículo escolar, ou que fazem parte do no livro didático impresso, podem ser personalizadas para usuários de CA. Para disponibilizá-las em sala de aula o professor especializado deverá receber, do professor de sala comum, estas atividades, com a antecedência necessária para que ele possa construí-las com o Boardmaker.


Descrição de imagem: Um livro de atividades sobre animais domésticos, selvagens, aquáticos e em extinção foi construído com o Boardmaker. O Livro de Atividades possui uma prancha de símbolos móveis para que o aluno destaque o símbolo e cole, com Velcro, no campo de resposta correspondente.


Pranchas temáticas para interpretação de livros e conteúdos


Pranchas de comunicação temáticas poderão ser construídas para que o aluno usuário da CA possa participar de atividades de interpretação de histórias ou também para que possa perguntar, responder e argumentar sobre os conteúdos estudados e atividades desenvolvidas em sala de aula.
Descrição de imagem: Um livro de história, que fala sobre temas de ecologia, está acompanhado de uma prancha temática, com a qual o usuário da CA poderá apontar ações positivas e negativas relativa à preservação do meio ambiente.



  Descrição de imagem:Uma lista de perguntas sobre fenômenos da natureza está relacionada. Para responder estas perguntas o usuário de CA apontará para um dos símbolos gráficos dispostos em uma coluna lateral. Na parte inferior da prancha, há uma sequencia horizontal de símbolos que possibilitarão ao aluno fazer perguntas "onde", "como", "por que", "quando" e afirmar "não entendo", "incrível", "mudei de ideia", "quero saber mais".


Calendários personalizados
Nas "pranchas modelo" do Boardmaker você encontrará grades de calendários para serem personalizadas. Basta localizar os símbolos apropriados e colar sobre a o dia em que o evento acontecerá.

 Descrição de imagem: Uma folha de calendário do mês de janeiro de 2011 foi personalizada com os símbolos PCS.
Visualiza-se símbolos representativos do verão "guarda sol" e "sorvete", símbolo da "festa de Ano Novo", "viagem", "praia", "chegada da vovó", "aniversário" e "retorno a casa". Os símbolos foram aplicados sobre as datas destes eventos.



Porta-pranchas
Pastas do tipo arquivo, folhas laminadas e encadernadas, porta documentos, pastas do tipo cardápio (pasta dupla ou trifolder) poderão ser "portadores de pranchas".
No Boardmaker, em "Pranchas Modelo" você encontrará uma série de modelos de grades já prontas para a criação destes recursos de comunicação. Economize trabalho e utilize as grades que facilitarão a criação das pranchas. 


Descrição de imagem:Carteira do tipo porta documentos com páginas de sacos plásticos onde estão pranchas de comunicação com símbolos de alimentos.
Pasta com sacos plásticos, em tamanho ofício, encadernados em espiral, e cada página há uma prancha temática de símbolos gráficos.



 Descrição de imagem:Pastas tipo cardápio, trifolder ou duplas, apresentam modelos de grades com diferentes tamanhos e quantidades de espaços para símbolos. 
Visualiza-se também uma pasta dupla onde está uma prancha para escolhas de materiais de artes.



Pranchas para vocalizadores
Nas "pranchas modelo" do Boardmaker você encontrará também grades desenhadas especialmente para utilização em vocalizadores. Se você utiliza um vocalizador procure o arquivo Boardmaker com o nome da "marca/modelo" do equipamento. Esta grade foi projetada para servir exatamente no tamanho e distância das teclas de mensagens.

Descrição de imagem:Uma grade modelo do vocalizador GoTalk9+ foi personalizada com símbolos para comunicação em sala de aula. Depois de montar a prancha basta recortar a colocá-la no vocalizador. 
Ao lado visualizamos o vocalizador GoTalk9+ com suas 12 teclas de mensagens aparentes.

Agendas personalizadas com símbolos
Com o Boardmaker você pode criar agendas escolares, atividades da turma e também de ações pessoais da rotina. Para isso, você pode utilizar grades, das mais variadas formas, que se encontram em "pranchas modelos" no arquivo "agendas".


 Descrição de imagem:Visualiza-se uma sequência de atividades individuais de um usuário da CA que se chama Paulo. As atividades ilustradas em sequência de símbolos que representam sua rotina matinal desde o acordar, vestir-se, fazer a higiene pessoal, até tomar o café da manhã.


Descrição de imagem: Uma agenda em formato vertical mostra uma sequência de símbolos para a primeira hora da manhã. 
Cinco atividades estão representadas em símbolos: tomar banho, comer, escovar os dentes, pegar a mochila, ir para escola de ônibus.

Descrição de imagem: Uma grade para criação de agenda que contemplam a sequência de atividades que serão desenvolvidas na escola. 
O primeiro símbolo representa o grupo de alunos. Na sequência horizontal encontram-se espaços em brancos onde serão aplicados, com Velcro, os cartões de comunicação representativos das atividades escolhidas pelo grupo de colegas para serem realizadas naquele dia. No final há um espaço maior onde será colado um envelope. No término de cada tarefa, os cartões serão guardados neste envelope.
Na parte inferior da grade estão os símbolos de CA para serem recortados, laminados e transformados em cartões de CA.


 Descrição de imagem:Numa parede de fundo preto foram fixados, com fita adesiva, os cartões de comunicação laminados. A composição da agenda descreve o mês, dia, dia da semana, sensação térmica (calor) e também todas as atividades escolares propostas para este dia.
Além de cartões de comunicação há número em EVA (representado o dia 7) e palavras em feltro, com texto pintado com cola colorida (mês de novembro e dia da semana terça feira).

Sinalizações em vários ambientes
Você pode utilizar o Boardmaker para criar sinalizações dos vários ambientes da escola. Da mesma forma poderão ser criados cartazes com informações ou indicação de regras e orientações.
Descrição de imagem:Cartaz com símbolos móveis para indicações de lugares e atividades realizadas pela turma.
Podemos ler a frase: "Nossa turma está:" ao lado desta frase há um espaço onde será fixado com Velcro o cartão de CA correspondente ao lugar/atividade "no lanche". Na parte inferior do cartaz há outras opções de cartões de mensagens "na biblioteca", "no laboratório", "no parquinho".

Descrição de imagem:Um símbolo com a mensagem "Favor fechar a porta" foi confeccionado para colocar na parte interna da porta da sala de aula.



Descrição de imagem:Uma coleção de símbolos para sinalização da escola foram criados para serem fixados sobre a porta destes ambientes: "sala de aula", "banheiro", "biblioteca", "cozinha", "direção", "informática", "sala de química", "sala de artes", ginásio", "recreio".

Utilização de outras imagens digitais nas produções com o Boardmaker
Você poderá introduzir novas imagens no seu Boardmaker e assim ampliará sua biblioteca de símbolos. As novas imagens poderão ser capturadas na internet, extraídas em banco de imagens, fotografadas com câmera digital ou também escaneadas de materiais impressos. Você poderá arquivar as imagens digitais na biblioteca do Boardmaker o que permitirá sua fácil localização para uso em produções futuras. Abaixo algumas fotos ilustram trabalhos feitos com o Boardmaker que utilizaram imagens capturadas de diversas origens.
Descrição de imagem:Uma prancha de comunicação foi construída com fotografias e apresenta os símbolos "luva", "pantufa", "calça", "cão", "melão", "casaco", "telefone", e "rosa".
Descrição de imagem: 

Descrição de imagem: Com fotografias escaneadas de um cardápio foi montada uma prancha de comunicação temática, para comprar o lanche.
Visualizamos as imagens dos sanduíches, copo de refrigerante, salada e embalagem do lanche. Estas mesmas imagens aparecem organizadas numa prancha de comunicação.



Descrição de imagem: 


Descrição de imagem: Com fotografias feitas em passeios escolares no parque e no zoológico, foi confeccionado com o Boardmaker o registro dessas atividades. Aparecem as fotografias e a descrição, feita pelo aluno, do que foi realizado.

É exatamente isso. O Boardmaker é uma ferramenta que permite construir os recursos de comunicação e aprendizado que seu aluno necessitará em cada fase de seu desenvolvimento educacional. E esta é a principal e mais importante característica deste programa. Os exemplos e modelos que o Boardmaker possui servem apenas para mostrar aos professores o potencial de criação deste software.
Conhecendo os desafios educacionais, os objetivos e atividades propostos para a turma e conhecendo também as características do aluno com deficiência (suas dificuldades e acima de tudo suas habilidades) o professor especializado irá projetar, construir e disponibilizar os recursos pedagógicos que garantam a acessibilidade, comunicação e participação no contexto da escola comum.
Atualmente as pesquisas existentes a respeito do ensino e da aprendizagem nos permitem olhar para o que o aluno produz e identificar o que ele já sabe, as dificuldades que estão impedindo sua aprendizagem e determinar que ações serão necessárias para que o seu conhecimento avance.
Nas últimas décadas tem se consolidado a concepção que considera o processo de aprendizagem como resultado da ação do aprendiz. Por isso a função do professor é criar condições para que o aluno possa exercer sua função de aprender participando de situações que favoreçam isto. Neste sentido, com relação aos alunos com deficiência, torna-se indispensável a criação de condições de aprendizagem pelo professor, através da construção de recursos de acessibilidade.
O conhecimento não é gerado do nada, é uma constante transformação a partir do conhecimento que já existe. É o que cada aluno já conhece que explica as diferentes formas e tempos de aprendizagem, bem como as dificuldades e possibilidades que o aluno apresenta. Seja nas propostas de atividades, seja na forma como os professores encorajam e desafiam os alunos a se lançar com ousadia nas propostas de aprendizagem, os recursos (materiais educacionais) tem uma função decisiva nas possibilidades de aprendizagem dos alunos.
O Boardmaker é uma ferramenta aberta e, portanto, servirá para confecção de recursos de acessibilidade que atendem diferentes concepções de ensino e aprendizagem. Por este motivo é importante considerarmos o modelo de escola, o que entendemos por aprendizagem e que postura nós pretendemos instigar no aluno, no sentido de ele ser ativo na construção do conhecimento. Se disponibilizarmos recursos ao nosso aluno permitindo e esperando apenas que ele responda o que consideramos correto, sem dar a ele oportunidades de questionar, propor alternativas, argumentar etc., possivelmente nós teremos um instrumento pobre de comunicação e também um instrumento pobre de educação.
Portanto a palavra de ordem é conhecer a realidade e os desafios enfrentados pelo aluno e ser criativo. Junto com ele, iremos construir e utilizar os recursos que permitirão sua expressão e participação ativa em desafios educacionais. O professor deve funcionar como um diretor de cena, cabendo a ele observar as condições e necessidades de seus alunos e montar o cenário, através da construção das estratégias de ensino e dos recursos de acessibilidade, para possibilitar a construção do conhecimento de seus alunos.
A beleza de um software de criação é que ele possibilita inovar, construir novas alternativas e materiais educacionais cada vez mais desafiantes e inéditos.


A primeira dica é não ter preguiça de abrir e estudar o Manual do Usuário.
Poucas pessoas leem manuais e ficam por muito tempo subutilizando o recurso que adquiriram. A leitura do manual, paralela a uma experimentação prática das ferramentas, ajudará a desenvolver uma habilidade operacional com o software. O Manual do Usuário do Boardmaker é muito fácil de usar e dá instruções passo-a-passo. Você o encontrará no formato PDF, que permite ler na tela e também imprimir. Sugiro que você trabalhe/estude com o manual impresso ao seu lado. Desta forma, você seguirá a leitura e simultaneamente experimentará as ferramentas do software ou, quando chegar uma dúvida, você recorrerá ao índice e encontrará facilmente a resposta.
Importante: para visualizar o Manual do Usuário é necessário ter instalado no computador o programa Adobe Reader, que é o programa que abre arquivos PDF. Caso não o tenha, clique aquipara baixar e instalar gratuitamente.
Para localizar o Manual do Usuário abra o seu programa, clique na barra de ferramentas em "Ajuda". Clique então sobre "Manual do Usuário" e pronto! (veja figura abaixo)
Bom estudo e um ótimo proveito desta importante ferramenta que é o Boardmaker com Speaking Dynamically Pro!


Descrição de imagem:Visualiza-se a área de trabalho do Boardmaker com a indicação visual de onde encontrar o Manual do Usuário para consulta na tela e impressão.



Dicas finais
Para aprender e aprimorar ainda mais seu trabalho com o Boardmaker será interessante também trocar ideias com colegas, fazer grupo de estudos, compartilhar com outros os arquivos produzidos por você. Tudo isso ajuda a ter mais ideias de criação, acelerar o trabalho (à medida que eu personalizo para meu aluno uma grade pronta recebida de outro colega) além de fortalecer o trabalho de cada um.
Você também poderá encaminhar suas dúvidas para nossa equipe, que estará a sua disposição. Basta enviar sua pergunta por meio de nossa página "CONTATO".
Verifique regularmente nossa página de cursos, pois nela divulgaremos cursos virtuais e presenciais sobre Tecnologia Assistiva e Comunicação Alternativa. Para acessá-la, clique neste link: "CURSOS".