sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Livros digitais com sons

Escolha um livro diferente todas as noites para ler com o seu filho…
Consulte a Biblioteca Digital
  • Pode apenas ler… (só tem de passar as páginas uma a uma nas setas)
  • Pode ler e ouvir a história ao mesmo tempo que aparecem as legendas (só tem de carregar no quadradinho “Ler Giro” em cada pagina)
  • Pode ver as imagens enquanto ouve a história contada (é só clicar em “ouve a história contada” numa das ultimas paginas de cada história)
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quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Revista Inclusão


Coleção “A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar”


Esta coleção, produzida pelo Ministério da Educação, tem a finalidade de contribuir para a formação dos professores do Atendimento Educacional Especializado – AEE, bem como dar subsídios para o debate a respeito da escola inclusiva.
Você pode fazer o download de cada fascículo:

Coleção: formação em Atendimento Educacional Especializado



quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Acessibilidade para deficiência visual e auditiva

Acessibilidade

Alguns softwares foram desenvolvidos para atender a alguns tipos de deficiência, mais especificamente a visual e a auditiva.

Mecdaisy

Mecdaisy é uma inovação tecnológica que permite a produção de livros em formato digital acessível, possibilitando a geração de livros digitais falados e sua reprodução em áudio, gravada ou sintetizada. Esse padrão apresenta facilidade de navegação pelo texto, permitindo a reprodução sincronizada de trechos selecionados, o recuo e o avanço de parágrafos e a busca de seções ou capítulos. Possibilita, também, a anexação de anotações aos arquivos do livro, exportação do texto para impressão em braille, bem como a leitura em caractere ampliado. Todo texto é indexado, facilitando, assim, a manipulação através de índices ou buscas rápidas.

Monet / Braille Fácil

Monet é um software desenvolvido para se desenhar gráficos em uma impressora braille. Pode ser utilizado sozinho ou em conjunto com o software Braille Fácil,  o qual permite a criação de uma impressão braille rápida e fácil.
O programa é composto de
  • editor de textos integrador;
  • editor gráfico para gráficos táteis;
  • pré-visualizador da impressão Braille;
  • impressor Braille automatizado;
  • simulador de teclado Braille;
  • utilitários para retoque em Braille;
  • utilitários para facilitar a digitação.

Dirce – Tocador Daisy 2 e 3

Dirce é mais um programa livre e serve para gravar áudios. O tocador DIRCE lê e toca áudios-livros e é também desenvolvido para reproduzi-los e permitir sua navegação entre páginas, capítulos, parágrafos e frases.

Correio Braille

Pioneiro no Brasil, o correio braille facilita o contato entre pessoas cegas ou deficientes visuais e aquelas que não possuem esse tipo de limitação, mas que desejam manter uma correspondência ativa com essas pessoas.  Através desse recurso é possível que qualquer pessoa possa enviar uma carta em braille para qualquer lugar do Brasil.

Dicionário de Libras

Dicionário de Libras possui essa versão online e também a versão distribuida em CD-ROM. A versão em CD já possui mais de 115 mil cópias e pode ser solicitada ao INES.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

ENSINO ESTRUTURADO (TEACCH)

ENSINO ESTRUTURADO

É sugerido como forma de incluir crianças com PEA em escolas regulares a criação de Salas de Recursos TEACCH. Este programa de intervenção pedagógico é explicado de seguida.

Modelo TEACCH

Este modelo é utilizado como estratégia pelo Modelo D.I.R.
Em 1966, foi criado, na Universidade da Carolina do Norte pelo professor Eric Schopler e a sua equipa, o Modelo TEACCH (Tratamento e Educação para Autistas e Crianças com Deficiências relacionadas à Comunicação). Este modelo surgiu com o propósito de promover respostas eficazes de aprendizagem de crianças com autismo, apelando assim, a uma intervenção especifica, caracterizada por uma adequação do ambiente, no sentido de reduzir a ansiedade e, deste modo, potencializar aprendizagens.
É um modelo que dá ênfase à importância da colaboração entre os pais e os técnicos, sendo as equipas constituidas por:
-Família dos alunos;
-Órgãos de gestão dos agrupamentos de escolas ou escolas;
-Os docentes de educação especial do agrupamento;
-Os docentes do grupo, turma ou disciplina do aluno;
-Terapeutas e psicólogos pertencentes ao agrupamento ou a outro serviço;
-Serviços da comunidade que se considerem necessários para responder às necessidades individuais dos alunos.
O modelo TEACCH é um modelo acente nos pressupostos de estruturação e adequação do ambiente, com o objectivo de diminuir comportamentos disruptivos e, assim, potencializar a aprendizagem.
A estruturação é encarada como a chave do sucesso deste modelo. Crianças com P.E.A apresentam problemas como dificuldades seleccionar a atenção. Esta dificuldade surge em crianças autistas como consequência de uma grande dificuldade em compreender qual a informação mais relevante no contexto que as rodeia e, daí, o fracasso em captar a sua atenção. Para além disso os autistas, tem muito dificuldade em estabelecer uma estrutura interna que lhes permita evidenciar comportamentos adequados e de acordo com o contexto onde se encontram. São crianças que, como não conseguem, por si, organizar-se, precisam de ajuda para o fazer e, por esta razão surge a importância de um ambiente bem organizado e estruturado que lhes permita funcionar de um modo mais equilibrado. Apresentam também, uma grande dificuldade em seguir regras e em fazer generalizações. Assim, dever-se-á proceder a uma organização do espaço que contemple actividades adequadas e rotinas rígidas. Tal permitirá uma previsibilidade do meio e, consequentemente, uma diminuição dos problemas comportamentais.
Uma sala de Modelo TEACCH está organizada de modo a aumentar o trabalho independente da criança e ao mesmo tempo, fornecer padrões de referência que serão garantidos pela estruturação da sala de aula. Para esta estruturação são utilizadas fundamentalmente estruturas visuais (As crianças com autismo parecem apresentar boas capacidades de processamento visual) visto ser realizado muito recurso à imagem e aos estímulos visuais.
O modelo TEACCH não é uma abordagem única é um programa que tenta responder às necessidades do autista usando as melhores abordagens e métodos disponíveis. Os serviços oferecem desde o diagnóstico e aconselhamento precoce de pais e profissionais até Centros Comunitários para adultos com todas as Etapas Intermediárias: Avaliação Psicológica, Salas de Aulas e Programas para Professores.

“A criação de situações de aprendizagem estruturada minimiza as dificuldades de organização e sequenciação, proporcionando segurança, confiança e ajuda a criança/ jovem com PEA a capitalizar as suas forças.”

Uma sala de Recursos TEACCH deve-se encontrar no interior de uma escola de ensino regular promovendo assim, a integração destas crianças.Posto isto, as crianças com PEA encontram-se incluídas em turmas do ensino regular, contudo, por alguns períodos de tempo frequentam a sala de recursos TEACCH, voltando posteriormente para a sua turma base. Ao frequentarem esta sala estes alunos poderão assim desfrutar deste recurso pedagógico criado pela escola para eles.Uma sala TEACCH não deve possuir um número superior a seis crianças.

Aplicação do Modelo TEACCH
Numa primeira etapa é elaborada uma avaliação da criança a partir do Perfil Psico Educacional Revisto (PEP-R criado por Eric Schopler). Este fornece, informação sobre o nível de funcionamento em cada área de desenvolvimento, quais as suas capacidades emergentes (nem sempre evidentes, surgindo apenas se estimuladas) e ainda a existência ou ausência de comportamento patológico. Baseado nesta avaliação e em dados retirados do dia a dia da criança, no contexto escolar e familiar, é depois realizado um Programa Educativo com objectivos estabelecidos para ela executar através de uma planificação de intervenções individualizadas.
As crianças autistas parecem apresentar boas capacidades visuais e más capacidades auditivas. Assim, as estratégias criadas a nível dos défices sensoriais passarão pela criação de um grande suporte visual e promoção de um ensino individualizado, diminuindo a quantidade de estímulos distractores.
Assim, as principais vantagens dos professores ao utilizar este método serão conseguir estabelecer objectivos, planear tarefas apropriadas para a criança, avaliar as competências adquiridas, podendo desta forma, estruturar e objectivar a intervenção educativa.
Segundo Schopler existem quatro componentes principais do ensino estruturado:

Estruturação Física
Este primeiro componente refere-se à disposição física da sala, às áreas de trabalho e a necessidades individuais de cada criança que levam à adaptação de estratégias fisicas, por exemplo, marcar no chão o local da cadeira frente à secretária.
Uma sala TEACCH é habitualmente constituida por seis áreas de trabalho:

1.Aprender Nesta área dá-se ênfase ao ensino individualizado, onde o aluno se encontra de frente para o professor e de costas para situações de distracção, facilitando assim, a interacção e a focalização do olhar. Tem como principais objectivos o desenvolvimento de novas aprendizagens, da atenção e da concentração.






2.Trabalhar
 

É uma área de trabalho individual e autónomo, que permite uma focalização da atenção nos aspectos importantes das diversas tarefas, ao diminuir os estímulos exteriores. Apresenta uma planificação de tarefas, que se encontram organizadas em caixas individuais, o que permite que à criança saber quais as actividades a realizar e a sua correcta sequência




3.Brincar

Local onde a criança deve brincar ou ainda aprender a brincar. Tem por objectivo proporcionar à criança o seleccionar de brincadeiras e desta interagir com outras crianças. É assim uma área de relaxamento e lazer que permitirá às crianças realizar um planeamento e uma imitação das actividades da vida diária. É um local que se encontra apetrechado de material, como brinquedos, espelhos, música, almofadas, etc.




4.Computador

Zona onde a criança terá acesso a computadores. Tal estimulará as competências de atenção e de concentração.









5.Trabalhos de Grupo
 
Esta área tem como objectivo estimular a interacção social, tendo como ponto de partida a estimulação do trabalho e da partilha em grupo o que poderá conduzir a uma maior diversificação de actividades.









6.Reunião 
É a zona onde ocorre a exploração dos objectos, das imagens, dos sons. Tem por objectivo, promover o desenvolvimento de competências ao nível das noções espacio- temporais, autonomia e compreensão de ordens verbais.








7.Área Transitória
 
Local onde se encontram os horários individuais de cada aluno. É a esta área que se devem dirigir quando terminarem uma actividade para consultarem qual será a próxima tarefa a realizar.







"Não esquecer que:quanto mais estruturado e organizado for o ambiente de um aluno com autismo, maior a previsibilidade … quanto maior a previsibilidade, menor a ansiedade, maior a motivação, maior o sucesso."
Informação VisualSegundo componente refere-se à informação visual da própria sala e à informação visual do próprio aluno.
Relativamente à sala devem estar bem identificadas as áreas de trabalho para que a criança consiga perceber qual o local onde vai realizar as actividades.
Para o aluno devem ser delineados horarios visuais e claros para auxiliarem a criança. Estes horários têm por objectivos minimizar os problemas de atenção e de memória destas crianças, diminuir problemas de noção do tempo e de organização, evitam a linguagem receptiva e assim promovem uma maior participação das crianças nas actividades.
Estes horários devem ser construidos com imagens, palavras e objectos de forma a mostrar que actividades o aluno deve realizar e qual a sua sequência, possibilitando uma maior independência e autonomia, diminuindo situações de desorganização interior e crises de angústia.
Plano de Trabalho 
Plano onde estão delineadas as tarefas a realizar em cada área de trabalho. É composto por imagens, palavras e objectos e permite ao aluno saber quais as tarefas a realizar, a ordem e o número de tarefas e ter a noção do tempo que possui para a terminar.
Tem como principais objectivos auxiliar a criança a entender o que é esperado dela, a organizar-se e a realizar as tarefas propostas.



Pistas Facilitadoras do Desempenho 
São pistas que têm como função ensinar as crianças autistas a olharem e perceberem instruções. Podem ajudar as crianças a perceberem de que forma poderão utilizar determinados objectos, por exemplo. Devem de estar adaptadas ao nível desenvolvimental da criança e adquadas aos objectivos estabelecidos para a mesma. Constituem ferramentas de extrema importância para o ensino destas crianças.

Para além de tudo isto os professores devem ter em conta que cada programa educativo depende da idade, das capacidades e das necessidades de cada criança e que as aprendizagens devem ser feitas por etapas, nunca introduzindo uma nova actividade sem que a anterior tenha sido terminada. Um ponto também muito importante a considerar é introduzir em actividades da vida diária tarefas, também estas por etapas e com uma sequencia apropriada ás caracteristicas individuais de cada criança. 
Quando as crianças adquirirem maior autonomia, poderão obter mais referências temporais utilizando um plano do dia ou de um sumário elaborado no quadro da sala que serve e beneficia toda a turma.
Para elas também já não é necessária uma área de trabalho autónomo, conseguem estar na sala num lugar como os outros colegas sendo apenas praticadas algumas alterações/modificações no espaço físico ou em desempenhos do professor.
Quando as crianças com perturbações do espectro autista apresentam comportamentos disruptivos, como por exemplo, os comportamentos estereotipados, estes devem ser, até certo, ponto permitidos. Porém se a criança não consegue perceber qual o limite, poder-se-à através de tabelas de registo, fornecer à criança informação visual relativamente aos comportamentos adequados que deve seguir. Estas tabelas de registo constituem o uso do modelo TEACCH de uma forma pontual em que não é necessária sala de recursos TEACCH.


Conclusão:Para um professor o que se torna crucial realçar é que independentemente da sua etiologia o Autismo é um distúrbio do desenvolvimento que irá afectar todo o processo de aquisição de experiências. Assim, crianças com PEA. manifestam diferenças no modo como aprendem. Tudo aquilo que as outras crianças aprendem espontaneamente tem de lhes ser ensinado e explicado utilizando procedimentos de intervenção que reconheçam e procurem compensar essas dificuldades muito específicas. Desta forma, e de acordo com cada criança, deve ser elaborado um programa interventivo baseado numa estrutura externa que lhes proporcione pistas orientadoras do processo de aprendizagem. Esta deverá funcionar como uma estratégia que compense a sua dificuldade para aprender de forma espontânea e auto-orientada.
Apesar de esta sala ser um espaço para trabalhar com as crianças com P.E.A. está sempre aberta a qualquer aluno da escola que nela queira estar, seja para brincar, para ser ouvido, ou apenas para esperar que o seu professor chegue. A pouco e pouco ela é hoje um espaço de todos no qual se pratica a inclusão inversa.
É necessário também ter em conta que apesar de este modelo ter sido apenas abordado no âmbito escolar pode também ser utilizado pelos pais em casa.

Disponivel em: http://conheceroautismo.blogspot.com.br/2009/01/ensino-estruturado.html